A III Feira Nacional do Amendoim, acontece nos dias 10, 11 e 12 de agosto de 2021, juntamente com o XVIII Encontro Nacional do Amendoim. Pelo segundo ano a feira será 100% digital com inscrições gratuitas no site do evento.
O evento reúne toda a cadeia produtiva do grão, de produtores rurais e técnicos, a pesquisadores, estudantes, além de empresas de produtos e serviços ligados ao amendoim.
O Encontro e a Feira também têm realizado um relevante trabalho de fortalecimento da produção do grão no Brasil, e seu crescimento anual é prova dos avanços. Além de serem importantes fóruns de discussão, os eventos já contribuíram para grandes conquistas, como a retomada da Câmara Setorial do Amendoim e a obtenção do título para Jaboticabal, de Capital do Amendoim no Estado de São Paulo, além do reconhecimento do Arranjo Produtivo Local do Agronegócio, um modelo que visa ao desenvolvimento dos elos da cadeia produtiva, conta o Prof. Dr. Pedro Luís da Costa Aguiar Alves, docente e pesquisador da Unesp Jaboticabal e presidente da Comissão Organizadora do evento.
Entre os temas do evento estão a rastreabilidade e agricultura digital e de precisão, por isso a Tracan selecionou para levar para o evento três linhas de tratores: Farmall A, Puma e Magnum AFS Connect, equipamentos que são muito demandados na produção de amendoim, justamente pela tecnologia embarcada e por serem acessíveis a todos os tamanhos de produtores.
O amendoim e a região de Jaboticabal
A cultura do amendoim é tradicional no Brasil, desde os anos 1950 já era comercialmente importante para o país. Em 1972, alcançou a produção de 952 mil toneladas, em quase 760 mil hectares plantados.
Jaboticabal estava entre as cidades mais importantes na produção do grão altamente exigente em cada etapa de seu desenvolvimento. A região toda era altamente diversificada, o amendoim dividia espaço com café, arroz, milho, soja, algodão e cana.
Porém, enquanto algumas culturas, como a soja e a cana, ganhavam espaço com o incremento da tecnologia, o amendoim, com colheita manual e sem investimentos em variedades e mecanização, perdia competitividade. Em 1988, o Brasil produzia menos de 200 mil toneladas.
Porém, a região de Jaboticabal reinventou essa cultura. No final dos anos 1980 na Coplana, então Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba, um grupo de cooperados de Jaboticabal e cidades vizinhas apostaram na rotação de cultura amendoim/cana-de-açúcar em grande escala.
O que era praticamente subsistência ganhou força quando passou a fazer parte da reforma dos canaviais, acreditavam que 15% das áreas de cana poderiam ser utilizadas para o amendoim, e acertaram.
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Produtores de pequena escala, que não tinham terras disponíveis para o plantio, passaram a arrendar áreas de usinas ou de grandes proprietários. A renda adicional foi fundamental para a sustentabilidade do pequeno produtor.
A revolução da produção do amendoim na região foi decisiva para o desenvolvimento do amendoim de São Paulo, que em 10 anos dobrou a produção, investiu na industrialização e foi o principal estado exportador da cultura. A área cultivada com amendoim no Brasil em 2020 foi de 175.000 hectares, dos quais 88% em São Paulo, com produção de 670.000 toneladas, 93% colhidas em São Paulo.
O espaço para crescer ainda é muito grande, inclusive no mercado interno. O consumo per capita de amendoim no Brasil é de cerca de 1,1 quilo por ano, bem inferior ao da China (12,8), ao dos EUA (6,7) e à média mundial (6,0). O Brasil é o quinto maior exportador de amendoim em grão com faturamento de US$ 230 milhões, perde para a Índia (US$ 627 milhões), EUA (US$ 475 milhões), Argentina (US$ 433 milhões) e China (US$ 264 milhões).
XVIII Encontro sobre a Cultura do Amendoim
III Feira Nacional do Amendoim
Dias 10, 11, 12 de agosto
Acesso e inscrições em www.feiranacionaldoamendoim.com.br