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De cientistas de dados a pilotos de drones: as novas carreiras no agronegócio

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O setor agropecuário brasileiro está passando por uma revolução impulsionada por avanços tecnológicos e uma crescente demanda por práticas sustentáveis. Esta transformação não só está redefinindo o panorama econômico do país, mas também está criando novas oportunidades profissionais que antes eram impensáveis.

Contribuição Econômica e Crescimento do Setor

O setor agrícola brasileiro registrou um crescimento robusto de 15,1% no último ano, superando expectativas e impulsionando o crescimento geral do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,9%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora as projeções para o ano corrente indiquem uma desaceleração em relação ao desempenho excepcional anterior, o investimento contínuo em tecnologia continua sendo uma estratégia crucial para aumentar a produtividade e mitigar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e flutuações nos preços das commodities agrícolas no mercado global.

Pilotos de Drones Agrícolas: Vanguarda da Tecnologia Agrícola

Gustavo Pereira, após concluir um curso em Anápolis, Goiás, fez a transição para uma carreira como piloto de drones agrícolas. Este tipo de serviço está se destacando na aplicação precisa de agrotóxicos, fertilizantes e no mapeamento de pragas. Pereira destaca a complexidade da profissão, que exige profundo conhecimento sobre plantas, suas doenças e fatores climáticos como umidade e vento, fundamentais para a eficácia das aplicações. Esta expertise vai além das habilidades necessárias para filmagens e fotografias, exigindo um domínio técnico específico e uma compreensão detalhada do ambiente agrícola.

Novas Profissões Emergentes: O Futuro do Trabalho no Agro

Um estudo colaborativo de 2021, realizado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), Senai e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), identificou várias novas profissões emergentes que prometem transformar o panorama do agronegócio:

  • Cientista de Dados Agrícolas: Especialista em análise de dados, estatística e programação aplicados ao mercado agrícola, utilizando softwares avançados para otimização de processos como plantio e geoprocessamento.
  • Designer de Máquinas Agrícolas: Profissional responsável pelo desenvolvimento de equipamentos agrícolas inovadores, alinhados com padrões econômicos, sociais e ambientais sustentáveis.
  • Engenheiro Agrônomo Digital: Combinando conhecimentos de engenharia agronômica com tecnologias de ponta para projetar e implementar sistemas agrícolas baseados em novas tecnologias digitais.
  • Técnico em Agricultura Digital: Especialista em tecnologia da informação (TI) aplicada à agricultura, utilizando técnicas digitais para melhorar a eficiência operacional em áreas como plantio inteligente e gestão hídrica.

Impacto das Agtechs e Agricultura Sustentável

O crescimento das agtechs, startups focadas em soluções tecnológicas para o agronegócio, é um reflexo claro da modernização do setor. Um estudo recente da Embrapa revelou um aumento significativo de 11,5% no número de startups agrícolas no Brasil, com destaque para Mato Grosso do Sul, que registrou um crescimento de 46,6% no setor. Além disso, a busca por práticas agrícolas sustentáveis está impulsionando a demanda por profissionais especializados em mitigação de impactos ambientais e desenvolvimento de estratégias de produção responsáveis.

Perspectivas Futuras

À medida que o agronegócio brasileiro continua sua trajetória de crescimento e modernização, as novas profissões emergentes desempenharão um papel fundamental na sustentação desse desenvolvimento. A região Centro-Oeste, especialmente, está se destacando como um polo de atratividade para profissionais diversificados, refletindo a transformação da região em uma potência global do agronegócio.

Em suma, as novas profissões no agro não apenas refletem a evolução tecnológica do setor, mas também oferecem oportunidades significativas para profissionais que buscam contribuir para um futuro mais sustentável e eficiente na agricultura brasileira.

Via G1

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